segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A história da águia***



"A águia é a ave que possui maior longevidade da espécie. Chega a viver setenta anos.

Mas para chegar a essa idade, aos quarenta anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão. Aos quarenta ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil!Então a águia só tem duas alternativas: Morrer, ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar cento e cinquenta dias.Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo.Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só cinco meses depois sai o formoso vôo de renovação e para viver então mais trinta anos.Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes, velhos hábitos que nos causam dor.Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que a renovação sempre nos traz." {desconheço a autoria}

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

**Kiriku e a feiticeira**



RESENHA: Kiriku e a Feiticeira (Kirikou et la Sorcière), 1998 (França); direção: Michel Ocelot


"O meu trabalho é um estudo sobre discriminação e preconceito, tendo como base o filme de Kiriku. Este filme conta a lenda de um menininho especial, que ajuda sua sociedade a se livrar de uma feiticeira. Nesse caminho ele descobre várias coisas sobre a vida e outras verdades sobre essa tal feiticeira. Além de sofrer com o preconceito das pessoas de sua sociedade, que mesmo sendo ajudada por ele, o discriminava. Este preconceito se mostra em vários aspectos desta sociedade, como será mostrado no decorrer do trabalho. Esta história se passa em Senegal, na África.

Kiriku é um menino que nasceu prematuramente, tão cedo que ninguém acreditou. Antes mesmo de nascer já se mostrou um menino muito inteligente, pois falava dentro da barriga de sua mãe. E após nascer, além de já falar, ele andava, era corajoso, ágil, engenhoso e muito inteligente, porém era pequenino (afinal, acabara de nascer). Ele queria salvar seu povo do domínio da feiticeira Karabá lutando contra ela. E com sua inteligência salvou as crianças todas as vezes que a feiticeira tentou levá-las. Kiriku encontrava a solução para seus problemas, muitas vezes em coisas simples como um espeto quente, que ele usou para furar o bicho que bebia e secava a água da fonte de seu povo, ou o chapéu que ele se escondeu para enganar a feiticeira Karabá, livrando seu tio da “morte”; entre outros. E com sua perspicácia lutou para alcançar seus objetivos.

As crianças e as pessoas da aldeia discriminavam Kiriku porque ele era diferente e tinha qualidades especiais que outros não tinham, mas que eram vistas como esquisitices. Ele era inteligente, interessado, não tinha medo, encarava todos os problemas, corria atrás de soluções para seus problemas até resolvê-los, fazia o bem, pois queria ver todos do seu povo feliz e lutava para isso. Todas essas coisas, essas diferenças, fizeram com que ele fosse visto algumas vezes como um irresponsável, estranho (principalmente por ser muito pequeno), esquisito e sem os pés no chão.

Karabá, a feiticeira, aos olhos de si mesma é de uma rainha, toda poderosa, que deveria fazer os outros sofrerem como ela mesma sofria (com a dor do espinho enfiado em suas costas), por isso fazia com que as mulheres da aldeia lhe dessem todo o ouro que possuíam e todos seus bens. E o medo que o povo da aldeia tinha dela, fez com que eles acreditassem que ela matava os homens que vinham lutar com ela, e que ela secava o poço de água que os abastecia. Ela, por sua vez, não desmentiu e mesmo não sendo verdade ela afirmou a história para que todos tivessem medo dela e fizessem o que ela ordenava, o que a fazia sentir-se mais poderosa e inteligente. Já aos olhos das mulheres da aldeia ela é uma pessoa má, que comeu (matou) seus maridos, é quem tirava todos os seus bens (desde jóias até água, esta última essencial para a sobrevivência delas e de suas famílias) e é quem ameaçava a vida do resto de sua família, pelo menos a dos seus filhos que sobraram. Elas tinham inveja do poder que Karabá possuía. E para os homens da aldeia, Karabá é quem os causava atração, pois todos queriam ir ver a feiticeira. Por outro lado ela é também quem os causava medo, pois o povo achava que a feiticeira comia oshomens (que iam atrás dela para lutar e livrar sua aldeia do poder da mesma).

A mãe de Kiriku frente a si mesma é uma mulher sofrida que perdeu o marido seus filhos e seus irmãos na guerra de seu povo contra a feiticeira Karabá. Também é a mãe que tem que educar seu filho sozinha, e ajudá-lo a entender o mundo e a vida. Já frente às mulheres da aldeia, a mãe de Kiriku é quem não sabe educar o filho, a cega, que tem um filho esquisito. E frente à Kiriku, seu filho, a mãe é quem o apresenta ao mundo, quem apresenta o mundo e a vida para ele. Ela é sua professora, é quem o ajuda, quem o ama mais que tudo e incondicionalmente, é quem sabe verdadeiramente quem ele é (não só por aparências, mas por dentro, pela pessoa que ele é)."


Thaís Franco Tranquelin, dezessete anos, estudante do terceiro ano do Ensino Médio (EE.Dr. Jorge Coury), em Piracicaba-SP.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sobre o gosto da leitura na escola







"A autora enumera alguns pressupostos para a introdução dos alunos no mundo da literatura, como a importância de ter um ambiente cultural no qual o livro esteja presente, de ampliar o repertório do aluno apresentando-o a uma diversidade de gêneros textuais, de ensinar a ler com prazer, de respeitar as escolhas dos jovens diante do universo desvelado pelos livros. Aborda ainda a estreita ligação entre o ler e o escrever, oferecendo sugestões de exercícios para o desbloqueio da escrita criativa.


O professor de literatura e crítico literário, C. F. Moisés, com quem estudo há 10 anos, na apresentação de seu livro “Poesia não é difícil” cita questões muito comuns de serem ouvidas na escola: ‘Como posso gostar de poesia se não a entendo?’ ‘E como entender sem gostar?’ Ficamos em um círculo vicioso, uma armadilha, afirma o autor, pois como saber se gostamos (ou não) se não a conhecemos? Aí entra o papel do professor educador e mediador da cultura em introduzir novos conteúdos e novas experiências no mundo do aluno.Mas como? Eis a questão crucial. O objetivo deste texto é enumerar alguns pressupostos e algumas atividades de linguagem como idéias a serem adaptadas por vocês, professores, em seus planos.


Um pressuposto refere-se à significação de um ambiente cultural na formação do leitor. Desde muito pequenos, os alunos podem ‘ler’ textos, entendido o verbo de forma não literal: quando o professor lê para a classe, quando o aluno conta suas vivências na roda, quando o aluno ouve o colega contar ou descrever algo, quando o aluno ouve uma cantiga e sua letra, quando o aluno ‘lê’ ilustrações de um livro, quando ele tem acesso constante aos livros da sala ou da biblioteca, quando sabe que a leitura é uma atividade valorizada pelo professor.


Sabemos das dificuldades de obtenção e veiculação de livros nas escolas. Bibliotecas sem bibliotecários, livros não tombados e, portanto, não passíveis de circulação, mas sabemos também que existem outras formas de contornar essa situação. Saraus, pedidos em editoras, mutirões do livro, de organização das salas de leitura, feiras culturais, intercâmbios entre classes, cartas a autoridades competentes, etc. são alguns dos recursos que a escola deve utilizar para garantir o acesso do aluno ao livro.


Outro pressuposto refere-se ao grau de complexidade dos textos e das atividades com textos. Não devemos poupar os alunos de novos desafios. A função da escola é ensinar novidades, ampliar o repertório do aluno com exposição de maior diversidade de gêneros textuais. A dosagem e as exigências serão planejadas considerando que a formação do leitor é um processo de amadurecimento. Quanto antes começar, mais sentido fará na vida do aluno-leitor.


O livro é um objeto inserido em um contexto. Tem autoria, propósito, um tempo e um espaço delimitado (de criação e de circulação). Saber sobre o autor e sua época, conhecer suas condições de produção ajuda a inferir sobre outros tempos e outros espaços. Um exercício interessante é o de comparar textos literários de uma mesma temática, mesmo local e épocas diferentes, ou textos oriundos de culturas diferentes abordando o mesmo tema. “É a polifonia e a pluralidade contra o monólogo e a palavra autoritária”. (Sonia Kramer) (2) Intertextualidade. Por exemplo, mixar conteúdos da História com textos literários também é um recurso em que ambas as áreas ficam enriquecidas.


Sabemos que a escola tem um plano a cumprir e dentro dele as atividades de linguagem que devem ser realizadas e avaliadas. Ensinar a ler com prazer, a tirar proveito pessoal da leitura esbarra quase sempre na questão do número de alunos na sala para acompanhar e na dificuldade em avaliar objetivamente o aproveitamento, o prazer e a fruição. Mas sem paixão não avançamos. Principalmente quando pisamos na seara da literatura. Ensinar as características estruturais dos gêneros, as combinações lingüísticas possíveis em um texto, a organização das palavras, a comunicação de idéias não devem matar o prazer, não podem impedir que a leitura faça sentido pessoal e íntimo na vida do aluno.


Outro pressuposto é respeitar a escolha do aluno. Imaginem uma pequena cidade em que seus habitantes só conhecem comida brasileira. Vivem tranqüilos sem saber ou sem querer saber o que existe de diferente lá fora. Aí chega um grupo de imigrantes do Oriente trazendo seus costumes, temperos e especiarias. O que pode acontecer?






A – os dois grupos não se comunicarem.






B – os dois grupos trocarem suas especificidades e criarem um terceiro grupo.






C – os dois grupos aceitarem as mútuas contribuições, mas manterem sua identidade.






Esse é um exemplo do que pode acontecer com quem tem contato com o conhecimento. Transformação. Mas não acontece de imediato, nem uniformemente. É um processo e, como tal, é variável. Especificamente na arte, e dentro dela na literatura, esse processo tem finalidade de aumentar a autoconsciência humana. “A literatura é um autêntico e complexo exercício de vida, que se realiza com e na linguagem”. Nelly N. Coelho


As possibilidades combinatórias são muitas e cada um responde de acordo com sua história, seus sentimentos e possibilidades.


Imaginem agora se todas as pessoas da mesma cidade só conhecessem histórias de saci e lobisomem. Chega na cidade o grupo do Oriente trazendo histórias de califas e odaliscas, nunca antes ouvidas.


Respondam: o que pode acontecer?


Essas analogias nos permitem entender o que muda quando o novo penetra em nosso mundo, as dificuldades de aceitação, o acréscimo que pode significar e a mudança que pode provocar.






Existe uma estreita relação entre produção de textos e leitura. Segundo Citelli (5), a escrita constante pode despertar maior interesse pela leitura. O pressuposto subjacente é que durante o percurso da escrita, os alunos tendem a se expressar cada vez melhor com menos clichês e mais identidade.


Nem tudo que nos apresentam ou que conhecemos tem unanimidade. Podemos falar em tendências, cada classe social, cada bairro, cada sala de aula têm características próprias pois vivem histórias de vida similares. Assim, o professor pode dizer: ‘- minha classe gosta de livros de aventuras’, ou ‘minha classe adora gibis’, como um bloco, mas devemos oferecer opções e respeitar as diferenças.


A leitura e a escrita são, portanto, construídas ao longo da vida escolar com respeito à individualidade, incentivo à narração pessoal, desejo de ser lido ou ouvido.


Os passos da escrita criativa:






1 – narrar e escrever tudo e sempre como uma rotina escolar.






2 – encontrar com o professor e colegas um assunto de interesse para escrever.






3 – começar com o que Lucy McCalkins (4) chama de ensaio, uma primeira escrita.






4 – esboço ou desenvolvimento da escrita. “Ponha no papel”, diz o escritor W. Faulkner, “aproveite a chance. Pode ser mau, mas este é o único modo pelo qual você poderá fazer algo realmente bom”.






5 – revisão – ver novamente, ler para os colegas e professor e reescrever em todas as etapas.






6 – edição – fazer o texto excrito circular, mesmo entre os colegas. Quem escreve, escreve para ser lido e, às vezes, a escola engaveta e só corrige os escritos e esquece do seu autor.






Vamos descrever alguns exemplos de exercícios de desbloqueio da escrita criativa:






1 – o professor sugere: “Abri a gaveta e encontrei...”. O aluno continua o texto escrevendo com: palavras que tenham 2 ou 3 sílabas, comecem com p, m ou s, rime, etc.






2 – o professor leva um texto com ausência de pontuação para os alunos lerem e pontuarem.






3 – o professor dá um poema e pede paráfrase com modificações do personagem, do cenário, etc.






4 – imaginar um personagem não humano, descrevê-lo com características humanas.






5 – pensar o que existe no mar e adjacências e escrever um período combinando palavras pelo parentesco sonoro, ex: areia com ceia, alga com algo.






6 – o professor escolhe algumas palavras, ex. – dia – e os alunos devem atribuir um sentido comum e um sentido figura à palavra.






7 – ad-verso: o professor dá dois versos de uma quadra e pede que os alunos emendem com outros dois versos de um outro assunto.






Esses exercícios podem ser trocados, completados em duplas, dramatizados, tec. Nessa etapa ainda não está em pauta o conteúdo, mas o desbloqueio da escrita."

 







Referências bibliográficas e sugestões de links:


1 – Poesia não é difícil, Moisés, Carlos Felipe ed. Artes e Ofícios 1996


2 – Diálogos com Bakhtin, Castro, Faraco, Tezza (org) cap. 7 Kramer, Sonia ed. UFPR 2001


3 – Literatura: arte, conhecimento e vida, Coelho, Nelly Novaes ed. Peirópolis 2000


4 – A arte de ensinar a escrever, Calkins, Lucy McCormick ed. Artmed 1986


5 – Produção e leitura de textos, v. 7, Citelli, Beatriz ed. Cortez 2001


6 – Trabalhando com poesia, Beraldo, Alda ed. Ática 1990


7 – Oficina de linguagem, Condemarín, M., Galdames, V., Medina, ª ed. Moderna 2002


8 – www.ulissestavares.com


9 – www.anamariamachado.com


10 – www.clubedoskaras.kit.net


11 – www.paralelos.org


12 – www.lyrics.com


13 – www.luispeaze.com


14 – www.snopes.com






*Miriam Mermelstein é pedagoga e autora de obras de Literatura Infantil, tendo ministrado as oficinas “A poesia em sala de aula” e “Abraçando a palavra” no CRE Mario Covas, durante o 1º semestre de 2004


Fonte: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_a.php?t=019

domingo, 15 de agosto de 2010

Projeto Valores

Meus queridos,


É público e notório que a vida em dias contemporâneos deixam muito a desejar perante a infância que a maioria de nós tivemos. A falta de tempo das famílias, a própria mídia, os percalços sociais a que somos submetidos a todo instante, enfim, o tempo está passando e as crenças de nossos pequenos estão sendo formatadas à medida em que nossas crianças estão sendo expostas à mercê de todos esses movimentos.
Tendo percebido todo esse mecanismo, um dia, procurando algo que eu pudesse fazer para auxiliar a dar bons exemplos, encontrei na net o Projeto Valores. Fiz algumas breves adaptações e desde então, tenho trabalhado com ele todos os anos, não importando o ciclo em que ela se encontra (desde que seja até quarto ano né gente).
Sugestão:
Trabalho o Projeto da seguinte forma: as crianças levam uma folhinha por vez para a casa e constróem a atividade com suas famílias. É um bom momento de reflexão e serve para que os familiares estejam mais perto da criança, sendo possível assim, a trnsmissão de bons exemplos. No dia seguinte, sempre chamo 5 alunos para lerem suas propostas, que consistem em responder um questionamento e fazer um desenho. O resultado é sempre maravilhoso pois até mesmo aqueles alunos que não gostam muito de se expor ou que geralmente não cumprem lição de casa, acabam entrando na "brincadeira" e querem mostrar o que fizeram de bonito. Vale a pena!!!
Bem, como não consegui copiar do word para o blog feito tabela, quem tiver interesse, não é preciso ficar copiando, envie-me um email ou deixe seu email nos comentários que terei prazer em enviar o projeto pronto. Abaixo, colei algumas partes do projeto para que vocês o conheçam.





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Escola Estadual “Ana Maria Cavallari”



**Valores para a Vida**

 


Aluno (a):________________________


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Professora Symone Oliveira – 2º ano A

Guarulhos


2010

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VALORES PARA A VIDA


A vida é uma viagem em direção à plenitude do corpo e do espírito. É um longo processo com muitos acidentes no caminho. Graças às lembranças de nossa infância, sabemos que é preciso muito tempo para aprender a partilhar coisas, a sermos justos e a assumir a responsabilidade por nossos atos.


Ao educarmos as crianças temos que, escola e família, ajudá-los a construir uma base, isto é, uma rede de valores que enriqueçam sua vida e lhes permitam desenvolver sua potencialidades. Alguns valores, como o AMOR, CONFIANÇA, INTERESSE pelos outros, SINCERIDADE e a GENEROSIDADE são elementos primordiais para gerar a sensação de bem estar que chamamos auto-estima. Alguns procuram a felicidade e a auto-estima em toda parte e acabam descobrindo, finalmente, que só é possível encontrar estas coisas dentro de si mesmas e em suas próprias casas. Sendo assim, temos de conduzir nossa vida e esforçar-nos permanentemente para sermos pessoas melhores.


As crianças confiantes em si mesmas e donas de sólida auto-estima têm condições de desenvolver melhor suas aptidões e tomar atitudes mais positivas. Assumem a responsabilidades por seus atos e, à medida que amadurecem, fixam objetivos de vida realistas, perdem o medo de enfrentam novos desafios e serão os melhores pais da geração seguinte.






Professora Symone Oliveira


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A RESPONSABILIDADE É UMA COISA BOA




Responsabilidade é fazer o que é preciso na hora em que deve ser feito. É cuidar daquilo que te pertence . chegar atrasado e faltar na escola sem motivo é não ter responsabilidade.


Como é que você faz para ser responsável?


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O QUE É COOPERAÇÃO?



Existe cooperação quando eu faço uma parte e você faz a outra.


E juntos, terminamos o trabalho. Como você pode cooperar?

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O QUE É O AMOR?


O amor é o melhor de todos os sentimentos e faz as pessoas se sentirem mais felizes. Amar é gostar dos outros e saber que eles gostam da gente.


Existem muitas maneiras de demonstrar o amor.Dê um exemplo de como demonstrar o AMOR.

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Espero que vocês gostem....


Abraços carinhosos da Professora Sy
Até a próxima!!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende".
(Guimarães Rosa)





 
"Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos."
(Pitágoras)




terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dicas para auto-estima



"Esta é uma dica sobre um problema que atinge todos os seres vivos...



De início pode não parecer uma Dica de Educação. Analisando melhor você vai perceber que é educativo sim, e se refere a cada um de nós. E o mais importante, além de motivador é auto educativo.

Você sabia que Preocupação e Depressão são parentes próximos?


Não se aflija por antecipação, porquanto é possível que a vida resolva o seu problema ainda hoje, sem qualquer esforço de sua parte.


Não é a preocupação que aniquila a pessoa e sim a preocupação em virtude da preocupação.


Antes das suas dificuldades de agora, você já faceou inúmeras outras e já se livrou de todas elas, com o auxílio invisível da mesma força que o criou.


Uma pessoa ocupada em servir nunca dispõe de tempo para comentar injúria ou ingratidão.


Disse um notável filósofo: "Uma criatura irritada está sempre cheia de veneno", e podemos acreditar: "e de enfermidade também".


Trabalhe antes, durante e depois de qualquer crise e o trabalho garantirá sua paz.


Conte com as bênçãos que lhe enriquecem a vida, em anotando os males que porventura lhe visitem o coração, para reconhecer o saldo imenso de vantagens a seu favor.


Em qualquer fracasso, compreenda que se você pode trabalhar, pode igualmente servir, e quem pode servir carrega consigo um tesouro em mãos.


Analise com calma seus desejos e seja franco consigo mesmo. Serão todos eles mesmo necessários à sua vida. Sendo sincero consigo mesmo - quem mais pode ser? - você vai perceber que a maioria deles não são de fato necessários.


E por maior que seja o fardo de sofrimento, lembre-se de que a mesma força invisível que o colocou sobre a Terra, que agüentou com você ontem, agüentará também hoje.


Finalmente lembre-se; na Terra tudo é passageiro e vive melhor quem escolhe melhor seus problemas. Assim não deixe que todos os problemas do mundo o dominem, escolha os que merecem atenção e entenda de uma vez por todas: Se você está diante dele é porque é capaz de superá-lo. "




Observação importante:
Esta lista pode estar incompleta, mas acho que a mensagem está muito clara.
{desconheço a autoria}

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

"ShAmE" por Rolando Boldrin

♥ * ♥ *´¨)
¸.•´¸.•*...♥ ♥ ¸.•*¨)
(¸.•♥ ´ (¸.•` *


"Sinto vergonha de mim…
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo,
buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro !
(poetisa Cleide Canton)

***

” De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto “.

(Rui Barbosa)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sermão da Montanha



(versão para professores)

 
"Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre ma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens. Tomando a palavra, disse-lhes:

- “Em verdade, em verdade vos digo: Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque eles...”

Pedro o interrompeu:

- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André disse:

- É pra copiar no caderno?

Filipe lamentou-se:

- Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber:

- Vai cair na prova?

João levantou a mão:

- Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou:

- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:

- Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:

- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:

- Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou:

- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso:

- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:

- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:

- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?



Caifás emendou:

- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades

integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:

- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e

reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos

para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.

- E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é

professor titular...

Jesus deu um suspiro profundo, pensou em ir à sinagoga e pedir aposentadoria proporcional aos trinta e três anos. Mas, tendo em vista o fator previdenciário e a regra dos 95, desistiu.

Pensou em pegar um empréstimo consignado com Zaqueu, voltar pra Nazaré e montar uma padaria...

Mas olhou de novo a multidão. Eram como ovelhas sem pastor... Seu coração de educador se enterneceu e Ele continuou:

-“Felizes vocês, se forem desrespeitados e perseguidos, se disserem mentiras contra vocês por causa da Educação. Fiquem alegres e contentes, porque será grande a recompensa no céu. Do mesmo modo perseguiram outros educadores que vieram antes de vocês”.

Tomé, sempre resmungão, reclamou:

- Mas só no céu, Senhor?

- Tem razão, Tomé - disse Jesus - há quem queira transformar minhas palavras em conformismo e alienação.. Eu lhes digo, NÃO! Não se acomodem. Não fiquem esperando, de braços cruzados, uma recompensa do além. É preciso construir o paraíso aqui e agora, para merecer o que vem depois...

E Jesus concluiu:

- Vocês, meus queridos educadores, são o sal da terra e a luz do mundo...

SÓ JESUS SALVA!!! Pelo jeito, os professores, também! rs.."




Texto de abertura do Programa Rádio Vivo — Rádio Itatiaia, Belo Horizonte — do professor Eduardo Machado.
Fonte: http://www.dihitt.com.br/barra/sermao-da-montanha-para-os-professores

domingo, 1 de agosto de 2010

Para começo de conversa...........................

Sou do interior e como toda família de interior, ainda preservo o hábito de receber minhas visitas com café e bolo ou pão caseiro.

E é exatamente assim que gostaria de fazer com vocês, meus amigos e seguidores, deste espaço despretencioso do qual pretendo construir. Construir isso mesmo! Já sei queridos amigos...muitos de vocês já não estão mais suportando ouvir e ler essa palavrinha que se tornou parte assídua de nossa "rotina diária" não é verdade? Pois bem...eu lhes entendo perfeitamente...

Infelizmente nosso cenário dentro da Educação não nos permite fazer sala mais com cafézinho passado na hora e comidinhas gostosinhas para ficarmos por horas "filosofando na maionese" (termo que dá a entender que não é sério, mas é sim!). É preciso muitas coisas para o momento: ação, união, perseverança, verdades. Verdades estas que tem sido encobertas cada vez mais por nossa falta de liberdade de exercício dentro da nossa profissão e de liberdade de expressão por estarmos nos sentindo oprimidos diante tantas cobranças, relatórios, metas. Metas do governo, que por seu lado, tem a pretensão de "comprovar" publicamente que seu sistema funciona, mesmo sendo sabido que as coisas não estão caminhando de vento em popa.

Cansada de buscar respostas, batendo e sendo atingida frontalmente por muitas indagações (a maioria sem uma resposta plausível) e tomada por grande vontade de propiciar mudanças à nossa classe e sobretudo aos menos favorecidos, montei este blog para que de certa forma, VOCÊ, pessoa como EU, possamos ajudar a "construir" (olha a palavrinha aqui novamente) uma sociedade mais justa e mais democrática, para o bem de todos.

Eis que então, no dia 13 de junho de 2010, a Revista Veja publicou uma reportagem culpabilizando professores pelo processo pelo qual a Educação têm passado. Eis então que gostaria de fazer uma pergunta muito sucinta, o que tal repostagem me leva a pensar: "Se os professores são culpados por esse "momento" em que a Educação passa, o que então haveria acontecido com TODOS eles? Teriam emburrecido do dia para a noite? Teriam se omitido de todo e quaisquer compromisso que sua alma está impregnada até o último fio de cabelo? E os diretores e professores pedagógicos? Não percebem que seus professores nada fazem em sala de aula? O que está acontecendo então?"

Se não fosse a complexidade do assunto, eu diria que a resposta é bem simples...Fica evidente que estas perguntas que formulei logo acima, na verdade são respostas àqueles que muito exigem de nós e pouco fazem para melhorar nossa vida, nossa atmosfera. Outra evidência gira em torno das classes heterogêneas demais. É preciso repensar isso com clareza. Se os alunos evoluem de um momento para o outro e a heteregoneidade sempre existirá, então é preciso que essas crianças mudem de classe, para que o professor possa dedicar-se tendo um foco, o qual é desviado para poder dar atenção aos mais necessitados. Nós estamos perdendo nosso foco, nossa identidade, nossa vontade de lecionar.

Não pretendo fazer desse nosso espaço, um muro de lamentações, porém, para nós, professores, esse é o ponto mais frágil de nossa profissão.

Essa reflexão veio acerca de um email que recebi hoje de uma amiga, a Márcia, seu teor dizia sobre uma carta que uma professora que não idenficou-se, respondeu à revista Veja, com sábias e comoventes palavras. Esta carta fala muita coisa pela qual passamos diariamente em nossa cansada e já quase por desesperançada luta diária.

Para vocês, uma carta sem assinatura, a qual creio que deveria ser assinada por todos nós que trabalhamos em escolas e sabemos bem do que se trata a Educação hoje em dia. Quem assina comigo?





Abraços da





Professora Sy

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Uma professora indignada com a sociedade e as críticas contra o professor. Em resposta a Revista Veja




Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “
Aula Cronometrada”.

É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho
escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticas as falhas da educação.

necessidade de todos os que pensam que:“os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.

Que
alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital?Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida?

Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro a maioria das escolas brasileiras. Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas.

Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”.

Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens?

Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores? E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e,algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até à passeios interessantes, planejados, minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.

E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes” elaboram atividades escolares como provas,planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração; Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados.

Professores têm 10 minutos de intervalo, onde tem que se escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 horas semanais.

E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.

Há de se pensar, então, que são bem remunerados… Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.

Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.

Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina. E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.

Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros.

Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.

Em vez de cronômetros precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo.

Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim ouve-se falar em cronômetros. Francamente!

Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de bandidismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.





Referência: Enviado(anônimo) Carta escrita por uma professora que trabalha no Colegio Estadual Julio Mesquita, em resposta a matéria da revista Veja.



Fonte:
http://www.fenatracoop.com.br/